Tudo é uma questão de manter A mente quieta A espinha ereta E o coração tranquilo.
terça-feira, novembro 03, 2009
terça-feira, outubro 20, 2009
domingo, outubro 04, 2009
segunda-feira, setembro 14, 2009
Acho que minha vinda aqui poderia ter uma outra motivação,
mas motivações são motivações.
Seja ela por meio da alegria ou seja da dor.
Qual das duas me acomete?!
Bom, acho que já está dito nesta introdução.
Acabei de fazer a barba num longo banho.
Amanhã, algo que não é novo em minha vida,
mas que há muito não acontece,
espera-me com minhas "habilidades e competências".
Faz parte de um recomeço tão necessário e importante,
e talvez mal compreendido por alguns.
É engraçado como ainda sentimentos tão antagônicos
dominam as pessoas.
Como o amor perde toda a beleza e força
com qualquer ventania que bate.
Não o meu, e não por ele ser melhor, mas por ele ser essencial
e por insignificâncias terem seu valor e tempo exato, nada mais.
Enquanto o amor dura uma vida toda,
Sim, uma vida toda o verdadeiro, divino e desejado amor.
Porque a força vem antes da fé, e a minha é inabalável.
Nem uma ventania, nem tempestades irão varre-la de mim.
É engraçado também como recomeçar é saboroso e perigoso.
Dói?
Em alguns casos sim, e no meu só não dói mais
porque a fé sempre me guiou.
E continua trabalhando quietinha dentro de mim
encarando amarguras, percalços e discrepâncias.
É o modo que ela age para manter-me firme, se possível sereno
e permitindo que de fato eu enxergue que tudo tem seu sabor,
Apesar da falta imensurável que me faz
É muito engraçado mesmo sentir como numa gangorra,
como uma roda gigante que gira
e pode parar com você no topo ou por baixo.
A dimensão de tudo isso pertence a cada um.
E agora, apesar da dor e das discrepâncias que ainda aparecem.
Eu vou seguir, sem pressa, sem rancor, sem vacilos.
Nada mais me tira a convicção e a dignidade de lutar
Sem armas, sem contra-ataques e sem miudezas.
Porque sou grande, grande o bastante para cuidar de mim,
da minha vida e quem sabe de nós.
Miudezas não pertencem mais ao meu dia-a-dia.
Mas o que vai além de mim eu já não posso garantir.
O que sei é que dói, mas uma dor pulsante que me leva adiante.
E que não tira a nobreza de um sorriso surgir em meu rosto,
Um pouco cansado, ainda assim disfarçando a idade,
mas que não esconde que meus dias de molecagem e travessuras
já se passaram há muito tempo.
Quem me enxerga e me conhece
sabe o quanto o meu respeito e seriedade
são compatíveis com a palavra Homem.
E nem por isso deixarei de brincar com a vida,
com as palavras, com a própria dor.
Mas não pense que estou displicente.
Mesmo de brincadeira o desperto me acompanha.
Não estou nessa para ficar barganhando.
O tempo das bobagens também já passou.
E obrigado por pensar em mim.
Abreijos
quarta-feira, julho 15, 2009
Quanto Vale A Liberdade?
Cólera
Composição: Redson
Quanto vale a liberdade?Pra vocês ela tem um preço
Quanto vale a confiança?
Não quero esperar
Não acredito no seu dinheiro
Onde está o seu caráter
Deve estar perdido em algum beco
Horas você enlouquece
E depois quer fugir
Se refugia como um animal, como um animal
Dia após dia eu procuro ir em frente
Vê se me entende, não há razão, não há razão
Já não pode mais pensar
Olhe para tudo como está
Agora eu sei que não há preço
Mas me sinto acorrentado
Dia após dia, e não há razão, não há razão
Quanto vale a liberdade?
Quanto vale a liberdade?
Não importa, eu vou em frente
Não importa, eu vou em frente, não!
http://www.youtube.com/watch?v=pyIN0o9iv-4&feature=related
Abreijos
A Face de Deus
Inocentes
Composição: Clemente
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Lá longe, na cidade
No seu beco mais escuro
Onde as crianças tomam drogas
Os bêbados se arrastam
Onde Judas perdeu as botas
Onde apagaram o dedo-duro
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Eu vi
Vi salmos estilhaçados
Que nem caco de vidro
Corações pisoteados
Chorando, pedindo abrigo
Vi cães sufocados
Na câmara de gás
Vi padres assassinados
Por abençoarem Barrabás
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Ah, eu vi, eu vi
A face de Deus, eu vi
Vi Cristo no pau de arara
Ficou três dias de bico calado
Maria sorriu felizes
Com seu sorriso desdentado
Vi a casa de Noé
Alagada num dilúvio
Eu vi os doze apóstolos
Brigando num trem de subúrbio
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Eu vi
Eu vi o Menino Jesus
Abandonado numa esquina
Francisco de Assis
Passando cocaína
Vi anjos espatifados
Por não saberem voar
Vi crentes no inferno
Por não aprenderem a rezar
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Eu vi
Ah! eu vi, eu vi, ah! se vi
A face de Deus, eu vi
Eu vi
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Eu vi, eu vi
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Eu vi
A face de Deus
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Eu vi
A face de Deus
A face de Deus, eu vi
Pichada no muro
Eu vi
Eu vi
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Eu vi, eu vi
Eu vi a face de Deus
Pichada no muro
Eu vi, eu vi
Abreijos
Mal Necessário
Ney Matogrosso
Composição: Mauro Kwitko
Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulherSou a mesa e as cadeiras deste cabaré
Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima mas você não deixa
Sou a sua voz que grita mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas, nos lares, na lama.
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na cama.
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na lama
Na lama, na cama, na cama
http://www.musicme.com/#/Mal-Necessario-t1763082.html
Abreijos
quarta-feira, maio 27, 2009
O que será (À flor da pele)
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
Abreijos
quinta-feira, abril 16, 2009
São sete horas da manhã
Com os olhos embaçados
Vejo a luz do dia pelas frestas da janela
Uma pressão no peito me maltrata
Quero ficar, mas sufoco o medo e ponho-me de pé
Pela casa circulo na rotina matinal
O banho, o café, o vestir-se
Ligo o rádio na esperança de alguma canção me acalentar
O peito ainda muito apertado
Sente o frio rasgante de hoje
Visto apenas uma fina camisa de mangas
Um casaco ajudaria, um abraço ainda mais
O seu abraço divinamente traria calor
Um calor que nem o café fervendo que bebo agora
Nem as inúmeras cobertas que me cobriram na noite me fez sentir
Meu peito angustiantemente me amarga
Inspiro e expiro profundamente na tentativa de aliviar
Dói, um tipo de dor que te aprisiona, te humilha
Olho lá fora por entre as árvores
E o que vejo é pouco mais que um esboço
Sento-me na surrada poltrona no canto da sala
Curvado com a cabeça quase ao chão
Subitamente uma energia traduzida pelo meu exteroceptor me toma
Os primeiros acordes de "Thunder Road" ressoam dentro de mim
É Bruce Springsteen no rádio, dizendo-me para se levantar e seguir
Abreijos
quarta-feira, abril 15, 2009
Ana sentia-se tão culpada, tão criminosa,
que nada mais lhe restava senão a vontade gritante de fugir e se isolar.
Ele implorava que ela se perdoasse.
Acreditava que Ana não teve culpa, e sentia que sua fé estava se esvaindo
diante do corpo cansado e surrado que via em Ana.
Ali, caído naquela cela, ela agarrava-lhe a mão e permanecia imóvel.
Seus olhos faíscavam um pequeno brilho.
Quando se aproximou mais percebeu algo estranho na boca de Ana.
Onde encontrar um selo? Pensou.
Deveria imediatamente enviar uma carta.
Sentou-se no velho sofá amarelo e pela janela da cela pode ver um jardim onde crianças brincavam.
"A nave caiu no Kazaquistão", uma delas gritava!
Intrigado ele a chamou e perguntou o que estava dizendo.
"Beijou o astronauta na boca", a criança respondeu.
Ele ficou confuso, sem entender,
e lembrou que não havia tomado seu medicamento contra insanidade.
Já não sabia mais o que era real.
De repente virou-se e bateu em um vaso que caiu.
Sangue escorreu, os estilhaços cortara-lhe a mão.
Pensou, "o que fazer"?
Foi quando viu um lenço azul parecido com o lençol que sua mãe forrava sua cama.
Ficou paralisado por um minuto.
Pegou o lenço e enrolou em seu pescoço.
Olhou novamente pela janela e viu o namorado vesgo de sua irmã passar,
e gritando falar: "Acabaram de sepultar o aluno".
Enlouquecido, começou a ver tudo preto no branco.
Caiu. Sua fé se foi e levou sua vida.
Abreijos
Andréa Dória
Letra: Renato Russo
Música: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá
Às vezes parecia que, de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo,
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro.
Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente,
Quase parecendo te ferir.
Não queria te ver assim
Quero a tua força como era antes.
O que tens é isso teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada.
Às vezes parecia que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto,
Até chegar o dia em que tentamos ter demais,
Vendendo fácil o que não tinha preço.
Eu sei - é tudo sem sentido.
Quero ter alguém com quem conversar,
Alguém que depois não use o que eu disse
Contra mim.
Nada mais vai me ferir.
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que segui
E com a minha própria lei.
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais,
Como sei que tens também.
ps. a melhor definição alheia de quem sou.
Abreijos
terça-feira, abril 14, 2009
Sou uma flor
Moro em um jardim florido e perfumado
Fico no coração, aonde o solo é mais fértil
Tenho cores intensas e folhas aveludadas
Mas algo tem acontecido
Pedras estão sendo colocadas em torno de meu corpo
A cada dia o peso fica maior
Minhas raízes sentem-se sufocadas
É como se mãos fossem essas pedras
Agarradas com força pelo meu pescoço
Impedindo o crescimento
Sou uma flor, apenas uma flor
Sem entender de onde vem estas mãos
E sem armas mortais
Recorro ao vento para levar a longas distâncias
O perfume gentil e poderoso que produzo em nome da beleza
Acreditando no encantamento de alguém
Que guiado por ele virá até a mim
E com gestos de ternura e agradecimento
Fará de suas mãos a sutil manifestação
Agradecida voltarei a respirar livremente
Sou uma flor, apenas uma flor
Me alimento do ar e da terra
Cuide de mim que em troca lhe darei encantamento e cor
Abreijos
segunda-feira, abril 13, 2009
Estendi minha mão para o lado
Não senti o toque nem a carícia
Agora você não está mais
Juntou-se aos anjos
Está do lado de cima
E meus braços não alcançam
Me viro como posso
Minha pessoa amada
Minha única pessoa amada
Necessito do fervor da junção de suas pernas
Aqui embaixo está tudo muito frio
Abreijos
Na face, as linhas, os contrastes, o brilho, a textura
E a vaga sensação de estar em órbita.
Vagando livremente sem amadurecimento,
Apenas a brincadeira de ser.
E você aparece, pouco.
A rubridez de sua boca e os longos cílios a piscar.
O cabelo revela uma pequena jóia que brilha,
mas secretamente oculta partes de seu rosto.
E o que eu consigo ver por trás destes fios negros
Junta-se a minha lembrança sempre presente
De seu rosto gracioso que eu adoro adorar
Seus medos te visitaram.
Seus sonhos te embalaram.
Liberdade em teu sorriso,
Perpetuando o brilho em seus castanhos olhos
De uma negritude quase surreal.
O desejo, o amor e a redenção.
Transformando-nos em putos, amantes
E humanos comuns fazendo valer a vida.
*Em homenagem a estrela que brilha no meu pedaço de céu!
Abreijos